MPEs fomentaram 85% das vagas formais no País
As MPEs (micro e pequenas empresas), pequenas empresas que respondem por cerca de 55% dos empregos no Brasil, criaram 85% dos empregos formais em fevereiro passado. Maior responsável pela geração de empregos e renda, elas abriram 206.697 das 241.785 novas oportunidades de emprego no Brasil no segundo mês do ano. Já as companhias de médio e grande porte apresentaram mais demissões do que contratações pelo segundo mês consecutivo.
É o que mostra levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) com base no índice de fevereiro do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O Caged coleta informações sobre contratações e demissões de todas as empresas que operam sob o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Para efeito de comparação, em fevereiro de 2022 houve diminuição de 6,4% em relação à criação de empregos pelas micro e pequenas companhias. Nesse mês no ano passado foram geradas 220.775 oportunidades, contra as 206.697 de agora. Apesar dessa queda, as micro e pequenas empresas têm responsabilidade pela geração, no acumulado deste ano, de 83% dos 326.356 novos empregos criados. Só neste ano as MPEs respondem por 83% do total de vagas.
O estudo também detalha os segmentos que mais contrataram nesse período. Com a abertura de 135.238 postos de trabalho, o setor de serviços da MPEs foi o campeão. Na sequência vêm a indústria de transformação, que admitiu 37.429 pessoas; e a construção, que empregou 22.600 operários. Na contramão, o setor de comércio teve saldo negativo, com 1.344 postos.
Ainda segundo o relatório, no ano passado a cada dez oportunidades de emprego geradas no Brasil, oito foram oriundas das micro e pequenas empresas. No acumulado do ano as MPEs ultrapassaram dois milhões de novos postos. Desses, 78,4%, aproximadamente 1,6 milhão, foram em pequenos negócios. Em 2021 as MPEs colaboraram com 77% no saldo total de geração de empregos no Brasil.
Indicador de confiança
O IC-MPE (Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas), divulgado pelo Sebrae na última quarta-feira (12) por meio da Sondagem dos Pequenos Negócios, em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), mostra que a confiança de proprietários de pequenos negócios aumentou 0.1 ponto em março, chegando a 88,5 pontos. É o segundo mês seguido de crescimento. Desde fevereiro a alta já atinge 3,9 pontos.
O IC-MPE é composto por três índices de confiança dos principais setores da economia, o comércio, serviços e indústria de transformação. Comércio, com alta de 0,8%, saltou para 87,1 pontos. No acumulado do primeiro trimestre de 2023, o índice avançou 1,5 ponto.
Já serviços, com crescimento de 3,4 pontos, chega a 89,4 pontos, o maior nível desde outubro de 2022, quando atingiu a marca de 99,4 pontos. Fecha no positivo o primeiro trimestre, com 1,4 ponto. Na contramão, a confiança na indústria de transformação segue caindo. Houve recua de 5,7 pontos, o menor desde novembro de 2022, que atingiu a casa de 85,6 pontos.
