Total de passageiros com viagem interna ou externa saltou para 8,4 milhões
As operadoras de turismo no Brasil bateram recorde de embarques em 2022. Foram 8,4 milhões de passageiros, aumento de 13,5% se comparado a 2021. É o que consta no Anuário da Braztoa (Associação Brasileira de Operadoras de Turismo) de 2023, divulgado no portal da associação na última quarta-feira (12).
As vendas de embarques das empresas do setor, segundo mostra o anuário, alcançaram o patamar de R$ 11,5 bilhões, 62,7% maior que o registrado um ano antes. Entretanto, esse valor é 23,5% menor que em 2019, antes da pandemia de Covid-19, período em que essas atividades tiveram grande diminuição ou foram até mesmo suspensas.
Passear pelos lugares atrativos no Brasil foi a escolha de 5,4 milhões do total de embarques. O Nordeste, com seus resorts, sol e praias, foi o destino preferido dos passageiros nas viagens chamadas “domésticas”, quando o itinerário compreende apenas o território nacional, com 38,4%. No ranking das localidades mais procuradas na região aparecem Salvador, na Bahia; Porto de Galinhas e Recife, ambas no Pernambuco.
Ao portal do Ministério do Turismo, a ministra da pasta, Daniela Carneiro, enalteceu o potencial turístico do País, especialmente dessa região, de dias ensolarados, praias paradisíacas e resorts suntuosos. “Temos mais de 8 mil quilômetros de litoral e belezas não faltam para estes turistas que buscam esses atrativos”, disse ela.
Outras regiões também tiveram bastante aceitação, casos da Sudeste, que recebeu 24% do total de embarcados, com São Paulo no topo do ranking. Em seguida vieram a Sul, com 17%, a Centro-Oeste, com 11%, e, por fim, a Norte, detentora de 9,6%.
Viajar para fora do Brasil foi a preferência para 3 milhões de pessoas no ano passado, a maior quantidade já registrada pela Braztoa. A Europa ficou na predileção dos passageiros, com 37,71%. Desse total, uma parcela de 15% preferiu os países da América do Sul. Outros 14,7% tiveram como destino os Estados Unidos. Na sequência vêm América Central e Caribe, com 13,3%; a Ásia, com 11,3%; África, com 6%; e Oceania, com 2%.
Conhecer o mundo da Disney, nos Estados Unidos, atraiu a predileção da maior porcentagem de quem foi ao Exterior. Portugal, Itália e Egito vieram logo atrás. Outra modalidade também bastante procurada, os cruzeiros marítimos vêm logo atrás do parque do Mikey.
TRANSPORTE URBANO
Na contramão do turismo, o setor de transporte urbano não conseguiu recuperar a demanda de antes da pandemia. A NTU (Associação Nacional de Transportes Urbanos) informa, por meio de se portal, que o segmento de ônibus coletivo acumula prejuízo de R$ 36 bilhões desde o início da pandemia até agora.
Levantamento da NTU mostra que, além do prejuízo, o segmento teve também a diminuição de 90 mil empregos diretos. Ainda, 55 operadoras/consórcios operacionais deixaram de atuar no período de março de 2020, início da pandemia, até janeiro último.
Tentar trazer de volta os usuários do transporte por ônibus coletivos que optaram por outros meios de transporte, não perder os passageiros que ainda se utilizam desse meio e atrair novos clientes são os desafios do setor para a retomada, avalia a NTU.
l
